Adensam-se os contactos, a ansiedade, os desacordos, os acordos, o electricista que nunca existe a tempo, as licenças, o palco, o arraial e as bebidas - “a sangria não pode faltar” remata o Giggio e confirma o Barbosa!
Saltando de aldeia em aldeia – sempre mais perto de Dois Portos - apesar da proveniência urbana - habituei-me muito novo a um ambiente rural bairrista que se entranhou como se de um vírus se tratasse. A festa de Nossa Sra. dos Anjos em Dois Portos, sempre foi o ponto alto das minhas férias e da mística bairrista, não só porque marcava os últimos dias antes do começo das aulas como por qualquer outra coisa que ainda hoje não consigo explicar!
Talvez porque a festa de Dois Portos é sempre mais do que o bombardear de som dos conjuntos nos bailes, o lançamento dos Foguetes( agora balonas)
“ Para mim não comprava fogo nenhum”
– Este ano ou gastas 600,00€ em fogo ou não ajudo em nada” apressa-se a calcar na conversa o Estolas –
Ou a Procissão com a Banda de Música a palmear meia dúzia de ruas da Aldeia.
Talvez porque é o juntar da malta, as conversas, “ Eu não fazia Festa Nenhuma” – mia o Edgar todos os anos - e os intervalos no Alex! São as discussões - às vezes acesas e os abraços! São os nervos em franja, a vontade desmedida, as lutas, a força de uns, engenho de outros e o bom senso de alguns. E tudo isto misturado num caldo deveras difícil de cozinhar para que na Segunda-Feira à sombra da Fonte, bem regados – certamente não de água – possamos murmurar que valeu a pena e que para o ano estamos lá todos outra vez.
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